Com a rápida expansão da energia solar no Brasil, a segurança das instalações fotovoltaicas passou a ser um tema central para o setor. A ABNT NBR 17193:2025, publicada em fevereiro de 2025, é a nova norma técnica que estabelece critérios de segurança contra incêndios em sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica em edificações.
Essa norma marca um divisor de águas para o mercado. Até então, o país contava apenas com referências fragmentadas, que não abordavam de forma específica os riscos de incêndio associados a sistemas fotovoltaicos.
Com a NBR 17193, o Brasil passa a ter um padrão técnico robusto, inspirado em práticas internacionais, que define requisitos claros para projeto, instalação, manutenção e documentação de sistemas solares em edificações residenciais, comerciais, industriais e públicas.
Mais do que um documento técnico, a norma representa um avanço na proteção de pessoas, patrimônios e profissionais que atuam no setor. Ela orienta integradores a adotar medidas preventivas eficazes e oferece aos clientes maior tranquilidade sobre a confiabilidade e a conformidade de seus sistemas fotovoltaicos.
O que é a NBR 17193 e por que ela é importante
A NBR 17193:2025 é uma norma técnica brasileira publicada pela ABNT que define os requisitos de segurança contra incêndios em sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica (on-grid). Ela foi criada para reduzir falhas que possam causar aquecimento excessivo, curtos-circuitos e arcos elétricos, situações que, se não controladas, podem evoluir para incêndios.
O texto normativo foi desenvolvido por um grupo de trabalho composto por engenheiros, especialistas em energia solar, representantes de fabricantes, entidades setoriais e do Corpo de Bombeiros. Essa colaboração garantiu que as exigências técnicas fossem aplicáveis à realidade brasileira, levando em conta tanto sistemas residenciais e comerciais quanto instalações industriais e públicas.
Por que a norma é um marco para o setor fotovoltaico
A publicação da NBR 17193:2025 reforça um movimento de profissionalização do mercado de energia solar no Brasil. Agora, empresas e profissionais precisam demonstrar conhecimento técnico, conformidade normativa e responsabilidade com a segurança, fatores que também elevam a confiança dos consumidores e reduzem riscos jurídicos e operacionais.
Para quem pensa em investir em energia solar, essa norma é sinônimo de tranquilidade. Para quem trabalha no setor, é uma referência técnica obrigatória. Em ambos os casos, a mensagem é clara: a energia solar brasileira entrou em uma nova era, onde eficiência e segurança caminham lado a lado.
As principais mudanças da NBR 17193:2025
A NBR 17193:2025 trouxe mudanças profundas nas regras de segurança para instalações de energia solar no Brasil. Essas atualizações definem critérios mais rigorosos de projeto, instalação e manutenção, e introduzem dispositivos de proteção antes opcionais que agora são obrigatórios.
Essas exigências refletem um amadurecimento do mercado: o foco deixa de ser apenas a eficiência energética e passa a incluir a proteção da vida, do patrimônio e da continuidade operacional dos sistemas fotovoltaicos.
Escopo e abrangência
A norma abrange todas as instalações fotovoltaicas conectadas à rede elétrica em edificações, sejam residenciais, comerciais, industriais ou públicas. Ela se aplica a sistemas de baixa tensão, limitados a 1500 V em corrente contínua (CC) e 1000 V em corrente alternada (CA), contemplando desde sistemas sobre coberturas (BAPV) até sistemas integrados à arquitetura (BIPV).
Essa abrangência garante que o padrão de segurança seja aplicado de forma uniforme, evitando interpretações distintas entre tipos de instalação. Por outro lado, a 17193:2025 não cobre sistemas instalados fora de edificações, como usinas solares independentes.
Em resumo: a norma se destina a sistemas fotovoltaicos dentro de edificações, onde o risco de incêndio e propagação é maior, e a intervenção humana é mais difícil em caso de emergência.
Requisitos de segurança contra incêndios
Entre as maiores mudanças da NBR 17193, estão as novas regras que tratam do dimensionamento elétrico e do isolamento dos componentes. A norma determina que cabos, conectores e caixas de junção devem ser resistentes à propagação de chamas e instalados de modo a evitar pontos de acúmulo de calor.
Também foram incluídas exigências de:
- Afastamento mínimo entre subarranjos fotovoltaicos para limitar a propagação do fogo;
- Barreiras corta-fogo com resistência mínima EI-60 ou EW-60, dependendo do tipo de edificação;
- Classificação mínima de resistência ao fogo dos módulos, conforme a ABNT NBR 16626;
- Análise de risco detalhada no projeto, considerando uso do edifício, materiais, rotas de fuga e acesso de bombeiros.
Esses requisitos reduzem a probabilidade de incidentes e facilitam a ação de combate em caso de emergência.
Dispositivos de proteção obrigatórios
A 17193:2025 exige o uso de dispositivos automáticos de proteção que até então eram considerados opcionais. Entre eles, destacam-se o AFCI (Arc Fault Circuit Interrupter) e o Rapid Shutdown (Desligamento Rápido), tecnologias que hoje são essenciais para evitar incêndios em sistemas solares.
Além disso, a norma exige que os sistemas contem com:
- Proteção contra falhas à terra;
- Disjuntores e fusíveis específicos para corrente contínua;
- Sistema de aterramento eficiente, conforme NBR 5410;
- Proteção contra surtos elétricos e descargas atmosféricas, conforme NBR 5419.
Esses dispositivos, somados a um projeto bem executado, são a base para instalações seguras, confiáveis e duradouras.
Dispositivos de proteção obrigatórios e suas funções
A introdução de dispositivos de segurança obrigatórios foi, sem dúvida, uma das mudanças mais significativas da NBR 17193:2025. Eles são projetados para identificar falhas elétricas, interromper circuitos de forma automática e proteger pessoas e edificações em caso de anomalias no sistema fotovoltaico.
AFCI (Detecção de arco elétrico)
O AFCI (Arc Fault Circuit Interrupter) é um dispositivo capaz de detectar falhas de arco elétrico, situações em que a corrente elétrica “salta” entre condutores danificados, conexões frouxas ou isolamentos comprometidos. Essas falhas, mesmo pequenas, podem atingir temperaturas superiores a 3000 °C e iniciar incêndios em segundos.
Com a entrada em vigor da norma, o AFCI tornou-se obrigatório em circuitos de corrente contínua (CC) dos sistemas fotovoltaicos. Quando o dispositivo detecta um arco anormal, ele interrompe imediatamente o fluxo de energia, evitando que o calor se propague e cause danos maiores.
Além da segurança, o AFCI aumenta a confiabilidade do sistema, evitando paradas inesperadas e protegendo equipamentos sensíveis, como inversores e controladores de carga.
Rapid Shutdown (Desligamento rápido)
Outro avanço essencial introduzido pela NBR 17193:2025 é a obrigatoriedade do Rapid Shutdown (RSD), ou desligamento rápido. Esse sistema permite desenergizar rapidamente os módulos fotovoltaicos em caso de emergência, como incêndio ou necessidade de resgate.
Na prática, o Rapid Shutdown reduz a tensão elétrica nos condutores próximos ao telhado para níveis seguros (geralmente abaixo de 30 V), o que protege bombeiros, técnicos e socorristas durante a intervenção.
Esse recurso já é obrigatório nos Estados Unidos desde 2014 (padrão NEC), e agora passa a ser exigido também pela ABNT, alinhando o Brasil às boas práticas internacionais de segurança fotovoltaica.
O sistema pode ser acionado manualmente (por botão de emergência ou chave seccionadora) ou automaticamente, via sensores ou falhas detectadas no inversor.
A NBR 17193 exige que toda instalação fotovoltaica conectada à rede elétrica adote proteções ativas e passivas contra incêndio. Isso inclui desde o planejamento elétrico do projeto até o uso de componentes certificados e manutenção regular.
Não basta gerar energia limpa, é preciso gerar energia com segurança.
Como a NBR 17193 impacta quem instala energia solar?
A publicação da NBR 17193:2025 mudou significativamente o modo como os projetos fotovoltaicos devem ser planejados, executados e documentados no Brasil. Para os profissionais que atuam no setor, sejam instaladores, integradores, engenheiros ou técnicos de manutenção, a norma representa um novo patamar de responsabilidade e especialização.
Responsabilidades ampliadas para integradores e instaladores
Antes da 17193:2025, muitos projetos solares seguiam boas práticas voluntárias. Agora, essas práticas se tornaram obrigatórias e auditáveis. Isso significa que os instaladores precisam comprovar que a execução do sistema segue rigorosamente as normas da ABNT e dos fabricantes, especialmente nos seguintes pontos:
- Seleção de componentes certificados (cabos, conectores, disjuntores, fusíveis e inversores com AFCI e Rapid Shutdown integrados);
- Cumprimento de afastamentos mínimos entre subarranjos e distanciamento de superfícies combustíveis;
- Fixação mecânica dos módulos conforme as recomendações estruturais do fabricante e da norma;
- Aterramento elétrico e equipotencialização adequados para reduzir riscos de choque e arco elétrico;
- Rotulagem e sinalização padronizadas, permitindo rápida identificação dos circuitos e pontos de desligamento.
Além disso, a NBR 17193 determina que qualquer modificação, ampliação ou substituição de componentes em um sistema fotovoltaico deve respeitar as mesmas exigências da instalação original, mantendo a conformidade do conjunto.
Não basta instalar bem, é preciso comprovar tecnicamente que tudo foi feito conforme a norma.
Documentação técnica obrigatória
A norma também tornou obrigatória a entrega de documentação completa ao cliente após a conclusão da instalação. Esse dossiê técnico deve conter:
- Diagramas unifilares e de conexão dos circuitos CC e CA;
- Memorial descritivo do sistema com dados de projeto, potências e dispositivos de proteção;
- Certificados dos equipamentos e laudos de testes;
- Roteiro de desligamento de emergência e sinalização de segurança;
- Manual de operação, manutenção e descomissionamento.
Esse conjunto de documentos é essencial tanto para auditorias e inspeções futuras quanto para a validade de garantias de fabricantes e seguradoras. Empresas que não entregarem esses materiais podem ser responsabilizadas em caso de falhas ou sinistros.
Benefícios para empresas em conformidade
Embora as novas exigências aumentem o nível de complexidade dos projetos, elas também trazem vantagens estratégicas para empresas que atuam em conformidade:
- Maior segurança jurídica e redução de passivos trabalhistas e civis;
- Valorização da reputação da marca junto a clientes e parceiros;
- Facilidade em aprovações e financiamentos, já que bancos e seguradoras priorizam sistemas normatizados;
- Menor índice de falhas e retrabalhos, resultando em obras mais rentáveis e duradouras.
Empresas que já seguem a NBR 17193 de forma proativa demonstram maturidade técnica e comprometimento com a segurança, dois fatores cada vez mais determinantes na escolha do consumidor.
Como a NBR 17193 impacta o cliente final
Se, por um lado, a NBR 17193:2025 impõe novas responsabilidades aos profissionais do setor, por outro ela oferece mais segurança, transparência e qualidade para o cliente que decide investir em um sistema de energia solar.
Segurança em primeiro lugar
O principal impacto para o consumidor é a redução significativa do risco de incêndios e acidentes elétricos. A norma determina o uso de dispositivos como o AFCI (detector de arco elétrico) e o Rapid Shutdown (desligamento rápido), que desenergizam o sistema instantaneamente em caso de falhas.
Isso significa que, em uma situação de emergência, o sistema solar pode ser desligado de forma segura, protegendo não apenas a residência, mas também moradores, vizinhos e equipes de resgate.
Mais confiabilidade e transparência
O cliente passa a ter direito a um padrão mínimo de qualidade documentado.
Esses documentos não são apenas burocracia, eles são a prova de que o sistema foi projetado e executado dentro dos padrões da ABNT, o que protege o consumidor em situações de garantia, seguros ou futuras auditorias.
Um sistema em conformidade com a 17193:2025 também tende a ser mais durável, já que a norma incentiva o uso de componentes de melhor qualidade e a adoção de práticas que evitam sobreaquecimento, corrosão e falhas prematuras.
Impacto nos custos e retorno do investimento
É natural que o cumprimento da NBR 17193 gere um pequeno aumento no custo inicial do projeto, já que exige o uso de equipamentos certificados e mão de obra qualificada. Porém, esse acréscimo é compensado rapidamente pela redução de riscos e de custos futuros com manutenção ou falhas.
Além disso, a tendência é que instituições financeiras e seguradoras passem a priorizar sistemas que atendam à norma. Isso significa maior facilidade em aprovar financiamentos, condições melhores de seguro e valorização do imóvel equipado com uma usina solar em conformidade com a ABNT.
Como o cliente pode verificar se o sistema está conforme a norma?
Mesmo sem formação técnica, o consumidor pode (e deve) verificar alguns sinais de conformidade antes de fechar o contrato:
- Peça a documentação da empresa — verifique se os técnicos são capacitados e se a empresa atua em conformidade com as normas da ABNT.
- Confirme a presença dos dispositivos de segurança — pergunte sobre o Rapid Shutdown, o AFCI e o aterramento.
- Analise o tipo de componente utilizado — módulos, cabos e conectores devem ter certificações reconhecidas (INMETRO, IEC, TÜV, UL, etc.).
- Solicite o manual e o diagrama do sistema após a instalação — isso comprova que o projeto foi entregue de acordo com a 17193:2025.
- Priorize empresas que explicam as normas e não apenas vendem o sistema — isso demonstra transparência e domínio técnico.
Nós da Siella Solar, já adotamos integralmente os padrões da NBR 17193, garantindo que cada projeto seja executado com segurança, rastreabilidade e excelência técnica.
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O que muda para sistemas já instalados
Uma dúvida recorrente entre consumidores e profissionais é se a NBR 17193:2025 se aplica também aos sistemas de energia solar já existentes. A resposta curta é: não há obrigatoriedade de adequação imediata, mas há fortes recomendações técnicas e normativas para que sistemas antigos sejam revisados e atualizados gradualmente.
A norma vale para novas instalações, mas influencia sistemas antigos
Por definição da ABNT, as normas técnicas não têm efeito retroativo. Isso significa que a NBR 17193 é obrigatória apenas para novos projetos, instalados a partir de sua publicação (fevereiro de 2025).
Contudo, isso não isenta sistemas antigos de responsabilidades legais. A norma serve como referência técnica para auditorias, perícias e vistorias de seguros ou de órgãos públicos. Assim, se ocorrer um incidente em um sistema antigo, e for comprovado que ele não atende aos requisitos mínimos de segurança hoje estabelecidos pela ABNT, o responsável técnico ou a empresa instaladora pode ser questionado, especialmente se o risco fosse previsível e mitigável.
Portanto, embora a NBR 17193 não obrigue retroativamente, ela define o novo padrão de diligência esperada para o setor fotovoltaico.
Recomendações para quem já tem um sistema solar instalado
Mesmo que o sistema tenha sido instalado antes da 17193:2025, é altamente recomendável que o proprietário solicite uma inspeção técnica preventiva. Essa vistoria avalia se o sistema segue as boas práticas hoje reconhecidas.
Em muitos casos, a simples substituição de conectores, a revisão do aterramento ou a instalação de dispositivos de proteção adicionais já elevam significativamente o nível de segurança.
Empresas especializadas em O&M (Operação e Manutenção), como nós da Siella Solar, oferecem inspeções completas para sistemas instalados antes da publicação da norma, emitindo relatórios de conformidade e recomendações técnicas.
Conclusão
A publicação da NBR 17193:2025 marca um ponto de virada na história da energia solar no Brasil. Mais do que uma atualização técnica, ela representa a maturidade de um setor que deixou de ser experimental e passou a operar sob os mesmos parâmetros de segurança elétrica e estrutural que regem outras áreas críticas da engenharia.
Para os profissionais, a norma exige preparo, atualização e responsabilidade técnica. Para os clientes, ela é um selo de confiança e tranquilidade, pois garante que o sistema será instalado com equipamentos certificados, procedimentos corretos e medidas reais de proteção contra incêndios e falhas elétricas.
Seguir a NBR 17193 não é apenas cumprir uma exigência, é proteger vidas, patrimônios e investimentos. Um sistema fotovoltaico instalado dentro das normas é mais durável, mais eficiente e muito mais seguro, garantindo que a energia limpa também seja sinônimo de energia responsável.
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FAQ
A NBR 17193 é obrigatória para todos os sistemas de energia solar?
Sim. A NBR 17193:2025, publicada pela ABNT, é obrigatória para todos os novos sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica instalados a partir de fevereiro de 2025. Projetos antigos não precisam ser refeitos, mas devem seguir as recomendações da norma em manutenções, ampliações ou adequações.
O que acontece se o sistema solar não estiver dentro da norma ABNT?
Um sistema fora da Norma ABNT energia solar (NBR 17193) pode ser reprovado em inspeções de Corpo de Bombeiros, ter o seguro negado em caso de sinistro e apresentar maior risco de falhas elétricas ou incêndios. Além disso, a responsabilidade técnica recai sobre o instalador e o proprietário, podendo gerar implicações civis e legais.
O que é o Rapid Shutdown (RSD)?
O Rapid Shutdown, ou desligamento rápido, é um sistema de segurança que desenergiza os módulos fotovoltaicos em caso de emergência, reduzindo a tensão elétrica para níveis seguros e protegendo bombeiros, técnicos e moradores.
O que é o AFCI?
O AFCI (Arc Fault Circuit Interrupter) é um dispositivo que detecta falhas por arco elétrico, pequenas faíscas que, se não interrompidas, podem gerar incêndios.
Qual a relação entre a NBR 17193 e as normas do Corpo de Bombeiros do DF e GO?
A NT 48:2024 (DF) e a NT 44:2023 (GO) são normas complementares locais que operacionalizam a aplicação da NBR 17193. Elas exigem que todos os sistemas fotovoltaicos sobre edificações tenham dispositivos de desligamento rápido, sinalização fotoluminescente, projeto assinado por responsável técnico e aprovação dos bombeiros antes da conexão à rede.